Cervejas alemãs apostam no orgânico
Lúpulo, malte, fermento e água são os quatro ingredientes permitidos na cerveja alemã, segundo a famosa Lei da Pureza da Cerveja (Reinheitsgebot, em alemão), datada de 23 de abril de 1516. Mas justamente no ano em que se comemora o 500º aniversário da lei, o Instituto Ambiental de Munique anunciou ter encontrado um quinto ingrediente: o herbicida, glifosato, o mais usado no mundo e amplamente difundido também no Brasil, principalmente em lavouras de soja.
No Brasil a Coopernatural, cooperativa gaúcha, lançou o ano passado a primeira cerveja orgânica Steinhaus.
Mercado em expansão
Segundo o instituto de pesquisa Biovista, a receita proveniente da venda de cerveja orgânica aumentou 14% na Alemanha entre 2013 e 2015. Como líder de mercado no setor, a Neumarkter Lammsbräu terminou 2015 com um aumento de vendas de 6%, totalizando 85.698 hectolitros de cerveja.
Apesar disso, mesmo entre as pessoas que valorizam a alimentação orgânica, a cerveja orgânica ainda costuma ser ignorada, diz Horn. Segundo a diretora-executiva da cervejaria, muitos consumidores acreditam que a Lei da Pureza já garante a qualidade orgânica.
Grandes fabricantes entram no nicho
Marc-Oliver Huhnholz, porta-voz da Federação dos Cervejeiros Alemães, disse não ver uma verdadeira tendência com vista a um consumo maior de cerveja orgânica. Mesmo que a demanda seja identificável, a bebida continua sendo um produto de nicho, afirma.
Um nicho, no entanto, em que cada vez mais cervejarias convencionais estão se posicionando com suas próprias versões. “Vemos que a gama de ofertas de muitas cervejarias foi ampliada, também para atender a esse segmento”, afirmou o porta-voz.
Fonte: Leia a noticia completa, UOL