Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

“Não adianta ser verde e estar no vermelho”, diz CEO da Mãe Terra

10 de dezembro de 2018 Mãe Terra.
Snacks orgânicos desenvolvidos pela Mãe Terra. Foto: Sylvia Wachsner

O empreendedor e CEO da Mãe Terra, Alexandre Borges, desde a infância no interior paulista, sempre teve uma ligação próxima com a natureza e a alimentação saudável. Administrador formado pela Fundação Getúlio Vargas FGV, trabalhou como caixa no Whole Foods, rede de supermercados dos Estados Unidos, onde despertou seu interesse pelos produtos orgânicos e naturais.

“Mesmo assim, senti que ainda não era o momento certo para abrir um negócio nesse setor, um nicho então pouco conhecido”, disse Alexandre Borges, CEO da Mãe Terra, durante palestra nesta quarta-feira (05/12/18) no Festival de Inovação e Cultura Empreendedora (FICE), realizado por Época NEGÓCIOS, Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Valor Econômico.

De volta ao Brasil vendeu dois negócios para multinacionais, e realizou seu sonho ao adquirir, em 2007,  a Mãe Terra, agroindustria paulista fabricante de  produtos naturais e orgânicos. Seu desafio foi manter a identidade do negócio e democratizar o acesso à alimentação saudável. “Eu precisava quebrar esse paradigma de que comida natural é algo caro e inacessível”, valorizando a biodiversidade local e a produção familiar.

Em 2017 a empresa foi vendida a multinacional Unilever e Alexandre vislumbra nisso a possibilidade de expandir a Mãe Terra para outros 50 países.

Na palestra no Borges explicou os desafios que enfrentou durante sua jornada como empreendedor. Antes de começar um negócio, explicou, é preciso alinhar o propósito com as especificidades do mercado. “O empreendedor é criado por uma paixão, mas é preciso lapidar a proposta de valor do negócio com a realidade do mercado”, afirma. “Não adianta ser verde e estar no vermelho”.

Para Alexandre, o ecossistema corporativo exige adaptação, mas ele defende que é possível agregar valor ao acionista e gerar impacto na sociedade. “Nunca desejei mudar o mundo, sempre tive a intuição de que o meu caminho era estar dentro de um sistema. Num negócio, é possível manter os pés no chão e, ao mesmo tempo, manter uma filosofia verdadeira, como é o caso da Mãe Terra”.

A Mãe Terra é uma empresa que faz parte da rede OrganicsNet. Veja a página da empresa

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