Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Em parceria com ABPO, Korin lança projeto Carne Sustentável do Pantanal

30 de novembro de 2012 Korin Alimentos.

A conversa entre a ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica) e a Korin começou em 2011, quando a empresa visitou Campo Grande – MS e apresentou sua filosofia de produção à associação. Leonardo disse que houve bastante sinergia, pois também é orientado para a produção sustentável e culturas orgânicas. A partir daí, a Korin visitou as fazendas associadas no Pantanal assim como a ABPO foi até o centro de produção orgânica da Korin em Ipeúna-SP. “E foi criado o sonho de criarmos algo juntos”, disse Leonardo.

Para ele era uma boa oportunidade, pois a associação sempre busca criar e oferecer ao mercado um novo produto, e a Korin possui pontos de venda em todo o país, potencializando o projeto. Atualmente a ABPO é fornecedora de carne bovina orgânica para o JBS, a Swift Orgânico. Para Morikawa, como a ABPO já é fornecedora da carne orgânica, a experiência e o processo produtivo poderiam ser adaptados e aproveitados conforme as diretrizes da Korin, com posicionamento de produtos saudáveis e orgânicos desde 1995.

A Korin comercializa mais de 60 variedades de frutas, verduras e legumes, além de café, mel e frango orgânicos. Abate atualmente quatro milhões de frangos/ano e possui 40 mil galinhas poedeiras para produção e venda de ovos livres de antibióticos. Diante da demanda por este nicho de mercado, a Carne Sustentável do Pantanal será seu primeiro produto de carne bovina.

A parceria envolveu a formulação de um protocolo para o processo produtivo e industrial, garantindo a segurança alimentar e a padronização do produto final. O apelo da marca será de uma carne bovina com uso mínimo de produtos químicos, com maciez, sabor, e preservação do Pantanal. Leonardo citou alguns exemplos de aplicação do protocolo, como a ausência de ureia no sistema produtivo, uso de qualquer vermífugo sistêmico limitado para somente uma vez na vida do animal, e até os 12 meses. A rastreabilidade também faz parte do processo produtivo, com todos os passos documentados visando garantir a originação geográfica.

O tipo de animal protocolado são novilhas Braford jovens, com até quatro dentes, com 3mm de cobertura de gordura, nascidas no Pantanal e criadas por produtores associados à ABPO. O objetivo é entregar maciez, suculência e sabor. A carne não será maturada e só haverá um descanso, chegando às gôndolas após 12 dias do abate. A comercialização será em embalagem a vácuo com a carne resfriada e os cortes utilizados incialmente serão os cortes do traseiro. Todo o dianteiro será fornecido á Livenn Kosher, especialista em abate judaico, e já parceira da Korin com vendas de cortes de frango Kosher.

O abate será em Campo Grande e o frigorífico ainda não está escolhido. Leonardo explicou que como a Carne Sustentável não é orgânica, o abate pode ser efetuado em qualquer planta frigorífica. Porém, todo o processo pós abate também está considerado no protocolo, “para garantir a qualidade do produto. Queremos oferecer a maior segurança alimentar possível”.

O projeto utilizará a experiência das duas organizações envolvidas com construção de marca e padronização de produtos, e a auditoria terceirizada ainda está em estudo. O lançamento será com degustação em São Paulo e no Rio de Janeiro com o apoio da WWF, ONG parceira da ABPO.

Perguntamos ao Leonardo como será a agregação de valor ao animal entregue pelo produtor. Ele explicou que haverá o prêmio sobre o peso do animal, porém ainda não têm o seu valor estipulado. Para Leonardo, não é possível ganhar sobre um novo produto que “ainda não existe. Quem determinará o valor do produto será o próprio mercado, e assim poderemos calcular qual será o prêmio”. Leonardo comentou também que o próximo passo após o início das vendas será a construção de uma sala de desossa própria da ABPO, aumentando assim ainda mais a garantia de fornecer o produto proposto.

Fonte: BeefPoint

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