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Korin planeja construção de uma nova fábrica

23 de maio de 2022 Korin Alimentos.
Ovos Korin, feira Rio Orgânico, foto: Sylvia Wachsner, OrganicsNet,

A busca por comida saudável e a forte pressão de custos provocada pela alta de preços dos grãos, duas tendências aceleradas pela pandemia, levaram a Korin Alimentos a realizar o maior plano de investimentos de sua história. Pioneira no mercado de orgânicos, livres de agrotóxicos e antibióticos, especialmente na produção de aves e ovos, a empresa está desembolsando R$ 65 milhões.

Desse total, R$ 45 milhões serão aplicados na construção de uma nova fábrica em Ipeúna (SP). A unidade deve entrar em funcionamento no 2º semestre de 2023 e vai produzir cortes de aves e de carnes bovinas pré-preparadas para consumo. O restante da cifra já foi destinado a melhorias de eficiência nas fábricas de processamento de aves e ovos para compensar a forte inflação dos grãos usados na ração dos animais.  Atualmente contam com 420 funcionários e até dezembro, esperam lançar, no mínimo, 35 produtos que unam saudabilidade e praticidade.

Luiz Demattê, veterinário e Presidente da Empresa, disse que a agricultura natural é um dos princípios da doutrina pregada pelo japonês, Mokiti Okada, voltada para a construção de um mundo sem pobreza, sem doença e sem conflito. Segundo a Igreja Messiânica Mundial,  a interação natural do solo com as plantas e os animais produz alimentos dotados de energia vital, que supre a fome espiritual do ser humano. Isso o torna mais altruísta e capaz de construir a civilização, explica o executivo.

A Korin, fundada pela Igreja Messiânica,  é uma empresa que nasceu com esse propósito  e os lucros são  reinvestidos na empresa. “Não é um reinvestimento no sentido de formar uma empresa para ganhar dinheiro”, o objetivo da igreja, argumenta, é expandir a agricultura natural por meio da Korin, promover exemplos e inovações. “Trinta anos atrás, o frango livre de antibióticos, uma grande inovação, foi investimento da igreja para que algo nessa linha acontecesse,”  explica os executivo.

Efeito da pandemia  

Para Demattê a pandemia foi um marco na crise sanitária e, o  diferencial de produzir alimentos de forma sustentável, ganhou relevância.  A nova industria que está sendo planejada deve praticamente triplicar a capacidade de produção de itens mais elaborados, hoje feitos em parceria com terceiros. Em dois anos, quando a fábrica estiver em operação plena, a expectativa é de que a receita da subsidiária chegue a R$ 400 milhões.

Em 2021, uma das quatro subsidiárias, a Korin Alimentos, voltada para produtos saudáveis destinados ao mercado de consumo e vendidos em supermercados, franquias e lojas próprias, representou R$ 200 milhões dos R$ 240 milhões da receita total do grupo. Atualmente, são processadas nas fábricas 23.000 aves orgânicas por dia, entre frango resfriado e congelado. Do entreposto de ovos, saem diariamente 150.000 unidades. Esse volume deverá dobrar até o fim de 2022, por causa de investimentos em eficiência realizados. “Estamos nos reestruturando para enfrentar mudanças importantes, como a demanda maior por alimentos saudáveis e, principalmente, o aumento expressivo de preços dos grãos, algo que em décadas no setor nunca vi nada parecido.”

Fonte: Leia a matéria completa, O Estado de S. Paulo, A Critica de Campo Grande

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