Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

IBD referência na certificação de orgânicos

28 de março de 2012

Os produtos orgânicos, para quem é do ramo ou para quem é um consumidor maduro, só são reconhecidos se levarem um selo de certificação garantindo que de fato o são. Para essa cadeia consciente da ponta inicial à ponta final, a mais reconhecida garantia é fornecida de IBD Certificações, marca criada há mais de 25 anos em Botucatu e que  ganhou o mercado nacional e internacional. O IBD é umas das empresas cadastradas no Ministério de Agricultura autorizada para certificar os produtos orgânicos.

De uma associação sem fins lucrativos, conhecida antes por Instituto Biodinâmico,  a trajectória da empresa acompanhou o crescimento de um mercado que era para poucos. Gente sintonizada com questões ambientais, sustentabilidade e comércio justo (fair trade).

José Pedro Santiago, diretor do IBD, estima em mais de 1 milhão de hectares a área de orgânicos (descontando a produção extrativista do Norte do País), além de inúmeros projetos industriais. Ainda que em torno de 90% são pequenos e médios empresários, grandes grupos voltam-se para esse nicho em número cada vez maior.

Nessa toada, a empresa paulista (25 funcionários e 40 prestadores de serviços), segundo Santiago, domina 60% da certificação no Brasil, com uma carteira “de mais de 5 mil produtores em cerca de 600 mil hectares”. As grandes áreas naturalmente estão no Centro-Oeste.

Em São Paulo são em torno de 100 clientes, com a base produtiva mais diversificada: café, cana/açúcar, leite/derivados, hortigranjeiros, frutas, animais/carnes, grãos, flores, óleos essenciais, mel, entre outros itens saídos do campo, além de produtos industrializados, como têxteis, cosméticos, bebidas, doces e panificação. Ao todo, no Brasil, o IBD certifica mais de 100 itens.

BARATEAMENTO

A estimativa de produção é desconhecida e de faturamento é um tanto indefinida – nem mesmo é conhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – mas pode-se ter uma idéia: em 2010 foram exportados US$ 108,2 milhões (mais 60% sobre 2009) o que seria 70% do negócio todo.

Para o executivo do IBD – a primeira empresa certificadora brasileira com selo aceito pelos grandes importadores e certificadores mundiais, o aumento da base produtiva com aumento da escala barateou os produtos e expandiu o consumo.

No Pão de Açúcar, por exemplo, o crescimento é de 20 a 30% ao ano. Os itens nas prateleiras são mais e mais variados. Os alimentos orgânicos também podem ser encontrados nas lojas especializadas e nas feiras espalhadas, sobretudo em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e, exponencialmente, nos estados do Sul, pela tradição trazida dos imigrantes europeus e que não se perdeu.

O preço do produto orgânico gira em torno de 30% a mais na relação com o mesmo item convencional. Já foi 70%. Mas é o tipo de negócio em franco desenvolvimento, que vai agregando novos consumidores com aumento da migração de categoria sócio-econômica.

Mas o negócio mesmo deverá prosperar com amparo cultural. Desnecessário aqui abordar as vantagens de produtos sem agrotóxico e fertilizantes químicos para a saúde e o meio ambiente, bem como os cuidados, atenção e respeito aos trabalhadores.

Leia a noticia completa, fonte: Business Caipira

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