Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Na Paraíba, alimentos orgânicos estão até 72% mais baratos

19 de agosto de 2013

Símbolo da alta na inflação de alimentos, tomate orgânico hoje pode ser encontrado a R$ 3,00/kg/ Foto: Sylvia Wachsner

A opção de hortifrútis mais saudáveis, como são conhecidos os produtos agroecológicos (orgânicos), está em média de 25% a 72,2% mais barato nas feiras livres agroecológicas da Paraíba, no comparativo com o mês de março, período em que os produtos tiveram a maior alta de preços. Alguns itens, como o tomate, chegam a ser encontrados até 72,2% mais em conta que os comprados 5 meses atrás, segundo informações da Associação dos Agricultores da Várzea Paraibana (Ecovárzea), que representa o maior grupo de feirantes agroecológicos do Estado.

Símbolo da alta da inflação no setor de hortifrútis, o tomate até pouco tempo era evitado por boa parte dos consumidores, devido ao robusto valor de compra do produto, que chegou a custar R$ 11 o quilo. O orgânico hoje pode ser encontrado a R$ 3,00/kg, valor que anima muitos compradores.

Armada toda sexta-feira, das 5h às 14h, a feira de orgânicos localizada por trás do bloco principal do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), está vendendo este mês cerca de 3,5 toneladas por dia. Entre os meses de março e junho, o volume diário de produtos não passava de 1,5 tonelada.

Nos supermercados, entretanto, ainda há dificuldade de se encontrar os produtos. De acordo com o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba, Cícero Bernardo, os alimentos orgânicos ainda são inacessíveis aos consumidores mais humildes, o que limita a comercialização do produto.

“Como o custo é mais caro, nem todas as lojas têm perfil para trabalhar com esse produto. Eles são mais voltados para grandes supermercados, como Carrefour e Pão de Açúcar, por exemplo. Para uma loja menor fica inviável o investimento, porque o perfil de consumidor desses estabelecimentos prefere comprar os produtos convencionais, que são mais baratos”.

Entretanto, o gestor de orgânicos do Sebrae, Pablo Queiroz, afirmou que a tendência é que esse perfil de mercado mude com o passar dos anos. “Estamos passando por um momento de conversão, onde cada vez mais se investe nos alimentos orgânicos. Este ano, tivemos um aumento nacional de 2 milhões em produção desses alimentos. Com o aumento da produção, a diferença de preços entre orgânicos e tradicionais tende a cair e o consumidor vai poder ter acesso a esses produtos”, previu.

Fonte: Paraíba Total

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