Caminho à sustentabilidade – Cultivando Água Boa
Por Sylvia Wachsner
“A água não pode ser uma mercadoria, nem ser tratada como um insumo”, com estas palavras, Nelton Friedrich, diretor da Itaipu Binacional encerrava sua apresentação na Americas Society, em Nova York, no último 7 de outubro.

O projeto binacional, Brasil e Paraguai, beneficia 1.200.000 pessoas, em 29 municípios, localizadas nos dois países, e envolve 30.000 propriedades rurais. Do lado da sustentabilidade ambiental, foram quilômetros de mata ciliar recompostos, com a preservação do solo e da água, além da formação de um corredor de biodiversidade na bacia hidrográfica do rio Paraná. No que se refere aos proprietários rurais, ao realizarem entregas para a merenda escolar, mercados foram abertos para seus produtos orgânicos e sustentáveis. Desta maneira, o caminho, que produtores e alimentos recorrem para comercializar, é curto e local, beneficiando não somente os proprietários, mas as economias municipais, e claro, a saúde das crianças ao consumir produtos sem agrotóxicos.
O Cultivando Água Boa, que já tem 10 anos, é uma iniciativa da Itaipu Binacional, mas como diria o Nelton, é “da sociedade, não da Itaipu, é um projeto de articulação, participação cidadã, baseado em parcerias,” universidades, municípios, academia, redes de assistência técnica e extensão rural, ONGs, e sobretudo com as comunidades.
A perenidade do projeto, considera nosso palestrante, está na mudança estruturante e permanente que beneficia não só a sustentabilidade ambiental, como também os produtores rurais, sua auto-suficiência alimentar e suas comunidades.
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