Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Pesquisadores buscam alternativas para o uso de agrotóxicos nas plantações

25 de agosto de 2016

Os índices com relação a contaminação dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros por agrotóxicos cresce vertiginosamente. De acordo com dados divulgados pela Anvisa, em 2013, 64% dos alimentos brasileiros estavam contaminados por agrotóxicos.

Esse índice se relaciona estritamente com o aumento populacional e, consequentemente, do mercado mundial. No entanto, essa expansão quantitativa na demanda por alimentos não vem sozinha. O que a acompanha é o crescimento da preocupação com a qualidade do alimento que está sendo consumido.

No tempo em que vivemos, a busca por qualidade de vida vem se tornando uma prioridade. Com isso, produtos orgânicos, ambientalmente responsáveis, saudáveis e frescos têm ganhado cada vez mais a atenção dos consumidores.

A mudança de mercado não está somente nas mãos dos agricultores, mas sim na proposição de incentivos governamentais e na demanda dos próprios consumidores defende Josué Sant’Ana, professor doutor associado II na Faculdade de Agronomia da Ufrgs.

Existe um esforço conjunto advindo das universidades do país no sentido de encontrar soluções ambientalmente responsáveis para o controle biológico nas plantações. Estas, em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Emater, consolidam seus esforços através do ensino, pesquisa e da extensão acadêmica. Pensando em mudar essa situação, o Laboratório de Etologia e Ecologia Química de Insetos da Ufrgs realiza projetos de pesquisas que investigam outras possibilidades para o manejo de pragas, principalmente para o produtor orgânico.

“O número de pesquisadores que estudam ferramentas de controle de pragas mais limpas ainda é pequeno em relação à necessidade do mercado”, explica. Ele acrescenta que o número de empresas que disponibilizam estas ferramentas no Brasil também é diminuído.

Josué Sant’Ana, Graduado em Ciências Biológicas e doutor em Fitotecnia, esclarece que, muitas vezes, o produtor não tem outras ferramentas confiáveis para o controle de pragas. Para ele, um dos grandes problemas da agricultura, em relação às pragas, é o uso excessivo de agrotóxicos e o manejo inadequado do habitat, o que, entre outros fatores, desfavorece a presença de organismos benéficos.

Junto às professoras doutoras Simone Mundstock Jahnke e Luiza Rodrigues Redaelli, alunos de iniciação científica, mestrandos e doutorandos, ele desenvolve diferentes projetos paralelamente, mas que estão relacionados à mesma linha de pesquisa do laboratório. Em grupos, os estudantes trabalham com parcerias, como, por exemplo, com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Emater. Os temas dos projetos resultam da união de interesses com essas instituições e também do contato com os agricultores, que contribuem com demandas e dificuldades que enfrentam no dia a dia.

Leia a matéria completa, fonte: Jornal do Comércio

Para saber mais:

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