Levantamento é realizado sobre feiras agroecológicas do RS

Um levantamento realizado de forma colaborativa pela Emater/RS, Cooperativa Central dos Assentamentos do RS (COCEARGS), Centro Ecológico, Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA), foi apresentado durante o seminário Diagnóstico das Feiras Agroecológicas/Orgânicas do Rio Grande do Sul e mostrou que os gaúchos possuem 89 feiras ecológicas, sendo que 42 são exclusivamente de produtos orgânicos, e outras 47 trabalham com produtos mistos, mas encaminhando-se para serem totalmente ecológicas.
Durante a apresentação, o representante da Emater/RS, Ari Uriartt, indicou que atualmente cerca de 1.700 famílias estão diretamente envolvidas com o trabalho nas feiras do Estado, sendo que a maior parte são oriundas de assentados, agricultores familiares e quilombolas. Além disso, dentre os produtos orgânicos mais comercializados estão: alface, beterraba, cebolinha, chuchu, alface crespa, repolho, couve manteiga, couve-flor, bergamota, caqui, figo, pêsego, goiaba, lima, amora, banana, aipim, batata doce, cebola, feijão e diferentes tipos de abóbora.

Outro dado coletado pela pesquisa foi sobre a origem dos produtos comercializados. Somando-se os dois tipos de feiras, 40 produtos são oriundos do próprio município onde as feiras são realizadas. A Feira dos Agricultores Ecologistas, que possui 25 anos, é hoje uma das maiores da capital gaúcha e a que melhor se encaixa no conceito de agroecologia e mercado (comercialização).
O integrante do Centro Ecológico do Litoral Norte, Laércio Meirelles, destacou que entre as grandes vantagens das feiras agroecológicas estão a flexibilidade na comercialização, diversidade, um preço final mais acessível, e o fato dos consumidores receberem sempre produtos novos, já que eles são colhidos, no máximo, um dia antes de serem comercializados.
O seminário foi encerrado com uma mesa redonda, coordenada pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, em que, além de várias entidades e órgãos públicos, participaram feirantes e consumidores finais, mostrando a integração que há em toda cadeia.
fonte: EcoAgencia
Por Juarez Tosi, para EcoAgência de Notícias