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PAA serve como modelo para países africanos

8 de abril de 2013

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), iniciativa do governo brasileiro que prevê a compra de produtos da agricultura familiar local para serem servidos na alimentação das escolas da comunidade, tem se mostrado uma experiência exitosa não só no Brasil, mas também em pelo menos cinco países africanos, onde foram implantados projetos-piloto do que já está sendo chamado de PAA África.

Até agora, já estão sendo beneficiados 3 mil agricultores familiares e 103,7 mil alunos da Etiópia, Malauí, Moçambique, Níger e Senegal.

A versão africana do PAA é fruto de uma parceria entre o Brasil, o Reino Unido, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos da ONU e começou a funcionar em 2012.

“Os países atendidos pelo programa já distribuíam alimentos para escolas, mas o grande marco do PAA África foi o de começar a abastecê-las com a produção local”, destaca a coordenadora do PAA África para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Darana Souza, destacando a importância da geração de emprego e renda, além da implementação da segurança alimentar e nutricional  das comunidades atendidas.

“Os benefícios, como no modelo brasileiro, vão desde a diversidade dos produtos até a abertura de oportunidades para os pequenos produtores.”

Em Moçambique, o projeto piloto envolve 600 famílias de agricultores e atende 72 mil alunos em 175 escolas. No Senegal, a estimativa é que mil famílias rurais – com cerca de 8 mil pessoas – e cinco cooperativas de produção de arroz estejam participando da fase inicial do PAA África, beneficiando 22,8 mil alunos.

Nessa primeira etapa, o programa chegou a 1,6 mil agricultores da Etiópia, garantindo alimentação para 8,7 mil estudantes. Em Malauí, frutas e hortaliças passaram a ser incluídas na alimentação escolar.

O piloto do projeto tem apontado uma série de desafios a serem enfrentados para a ampliação do programa para os demais países do continente e pode representar melhoria da qualidade de vida para as populações atendidas. “Há escolas sem água potável para lavar os alimentos, muito menos energia elétrica e refrigeradores”, exemplifica a técnica do MDS.

Esta semana, o PAA África lançou um site no qual é possível acompanhar as ações e a evolução do programa.

Fonte: Portal Planalto

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