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Agropalma exporta óleo de palma sustentável

2 de fevereiro de 2012

Agropalma exporta óleo de palma sustentável para a Alemanha

Empresa realizou a venda depois de obter o certificado RSPO

Após conquistar o certificado internacional emitido pela RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil, ou Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável) em agosto de 2011, a Agropalma fecha a venda do primeiro lote de óleo de palma sustentável para uma companhia em Hamburgo, na Alemanha, que recebe os produtos a partir de fevereiro.

Com saída pela região portuária de Belém, PA, o embarque do navio Wappen Von Leipzig incluirá o Brasil num seleto e reduzido número de países produtores e exportadores da matéria-prima. A Agropalma exportará 6,4 mil toneladas de óleo de palma e 500 toneladas de óleo de palmiste, ambos certificados pela RSPO, o que rende à companhia um valor adicional de US$ 13 por tonelada para o óleo de palma e US$ 15 por tonelada para o óleo de palmiste. Somente com os prêmios obtidos com a certificação RSPO, a empresa espera faturar nesse ano cerca de US$ 1,5 milhão.
O certificado foi obtido após uma auditoria (que segue oito princípios, 39 critérios e mais de 190 indicadores sociais, ambientais, técnicos e econômicos) realizada no entorno da Agropalma, que abriga 40 mil hectares de plantios, cinco usinas de extração e uma refinaria no Pará.

Além desses, outras mil toneladas de óleo de palma orgânico também estarão no navio. A este óleo, além da certificação RSPO e o correspondente prêmio, soma-se um acréscimo de mais US$ 10 por tonelada, fruto de outra certificação, a EcoSocial. O valor correspondente ao prêmio dos produtos orgânicos é totalmente aplicado em programas de educação de jovens e preservação ambiental na Amazônia.

O óleo de palma orgânico da Agropalma já foi exportado a países como Alemanha, França, Holanda, Israel, Coréia do Sul, Estados Unidos e Canadá. No Brasil, não há indícios de que o mercado enxergue a sustentabilidade das matérias-primas como um ponto de crucial importância, pelo menos nesse momento. “Dos clientes atuais da Agropalma no país, a exceção de algumas grandes multinacionais do setor de alimentos e cosméticos, somente duas empresas demonstraram interesse em ter 100% de seu fornecimento calcado num produto de origem sustentável”, afirma Marcello Brito, diretor comercial e de sustentabilidade da companhia.

O grande salto no consumo de óleo de palma sustentável deverá ocorrer a partir de 2015, prazo definido por alguns gigantes do setor de consumo em um compromisso público. Neste hall entram Unilever, Cargill, Nestlé, Carrefour, Tesco, Wal-Mart, Henkel, entre dezenas de outros, e até países como Holanda e Bélgica, que por meio de associações patronais, em parceira com os governos, também limitarão suas importações a partir do final de 2015 a óleo de palma certificado RSPO. “Espera-se então que esse mercado atinja um patamar entre 12 e 15 milhões de toneladas anuais, o que equivale a mais de três vezes o mercado atual”, diz Brito.

Fonte:. Revista Globo Rural Online

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