Aplicativo criado por brasileiros conecta produtores agrícolas a consumidores
Dois brasileiros tiveram a ideia de criar um aplicativo que pudesse conectar produtores agrícolas e consumidores sem a necessidade de intermediários, a fim de poder entregar o produto mais fresco possível para os clientes.
A startup PepMesh de Felipe Neuwald e Davi Neves, pretende faturar US$ 4,7 milhões no primeiro ano de atividade após realizar análises de mercado e desenvolvimento de processos de Design Thinking. A PepMesh irá atuar apenas nos Estados Unidos, onde o mercado de produtos orgânicos ultrapassou, em 2013, o valor de US$ 27 bilhões, correspondendo a quase 40% do mercado mundial. No início deste ano a empresa recebeu seu primeiro investimento-anjo e tem previsão de lançamento no próximo mês, depois de passar por um processo de design de serviços e desenvolvimento do produto mínimo viável (MVP).
“No momento que tive o insight, pensei na aplicação desta plataforma em que o próprio produtor definia o que ele iria vender e em qual região ele entregaria. Mas esse modelo se provou inviável quando analisamos que o produtor quer apenas produzir, e não se preocupar com logística e todos os problemas de entregar produtos frescos, em centenas de pontos na cidade. Após isso, definimos que faríamos o processo de marketing, venda e toda a logística, incluindo a coleta diária de produtos na fazenda”, declarou Neuwald.
Um dos diferenciais da startup está em oferecer os produtos o mais fresco possível para os clientes. Os alimentos disponíveis no marketplace nem sequer foram colhidos no momento em que o consumidor faz sua escolha. Para resolver a questão logística do negócio, após o fechamento do pedido, a colheita é realizada durante a madrugada e levada ao hub local da PepMech para entrega durante a noite. “Trabalho com produtos orgânicos desde 2012, e esse know-how ajudou muito na hora de formatarmos a startup. Colocamos no papel cada detalhe da PepMesh, desde o pedido do consumidor, a colheita do produto e a logística de entrega do produto fresco”, afirmou Neves.
A empresa sediada em Delaware, mas com escritório em São Francisco, pretende chegar a de 120 mil pedidos na região da Baía de São Francisco apenas no segundo semestre do ano.
O negócio deve gerar um significativo aumento nas vendas dos produtores locais e melhorar a alimentação da população local. “Produtos orgânicos estão aqui para ficar e tornar-se a principal forma de consumo em uma sociedade consciente. Torna-se cada vez mais urgente criar uma ponte no vão que se construiu entre o campo e a cidade na sociedade moderna”, explicou Neuwald.
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