Cachaça orgânica brasileira presente no mercado internacional
O Brasil exporta em média 10 milhões de litros de cachaça por ano. Buscando se reinventar para superar a crise econômica que freou esse mercado. Empreendedores buscam desdobrar esse potencial da bebida através das novas tendências mundiais de consumo.
A cachaça orgânica vinda do centro oeste do país é a prova disso. Toda a cana produzida pela fazenda é certificada pelo Selo Internacional de Produtos Orgânicos (IBD).
“O meio ambiente é beneficiado porque a gente não o agride literalmente em nada. Nem formiga a gente combate com produto químico. Para você ter uma ideia, nós mandamos fazer análise química da cachaça e realmente é tudo 100% natural. Analisamos os índices de carbamato de etila, que é uma grande preocupação hoje no mundo. Em função do produto ser orgânico o nosso índice hoje está em 7%, a legislação permite até 150%.” disse Galeno Furtado Monte, empresário responsável pela marca.
A cana é moída. Logo após, as impurezas do caldo são retiradas e ele é fermentado. Parte dessa produção é envazada e distribuída para chegar às prateleiras do mundo. Outra parte segue para o processo de envelhecimento. A cachaça envelhecida se tornou a vedete da marca. Ela compete no mercado externo com o conhaque, a tequila, o rum, o whisky e o whisky americano.
“Historicamente, a Alemanha é um dos principais destinos das nossas exportações, tanto em volume quanto em valor. EUA também têm uma participação muito importante, além de alguns mercados na Europa quanto no Mercosul. Para ampliar esse potencial no Brasil, o IBRAC – Instituto Brasileiro da Cachaça-, em parceira com Apex brasil, já tem um convênio assinado desde 2012, que foi renovado em 2014, pra conseguir trabalhar alguns mercados-alvo, principalmente Alemanha, Reino Unido e EUA”, disse o diretor-executivo do Ibrac, Carlos Lima.
Para dar ainda mais credibilidade à bebida símbolo da brasilidade o Ministério da Agricultura trabalha em uma instrução normativa para certificar a qualidade da bebida envelhecida produzida nos alambiques brasileiros.
De acordo com o diretor de Divisão de Vinhos e Bebidas no ministério, Carlos Muller, a normativa que certificar o envelhecimento para exportação. “É um sistema que controla muito bem o tempo de envelhecimento da bebida. Garantindo que esta sendo exportada para outros países tenha efetivamente aquele tempo de envelhecimento. Levando em consideração que já temos o sistema praticamente pronto, isso deve acontecer em um prazo inferior a um ano.”
Fonte: Canal Rural
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