Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Clientela aprova: restaurante de orgânicos

26 de março de 2011

“Faz 15 anos que eu não vou ao medico, não tomo um remédio, e eu sei que é por conta dessa alimentação saudável”, diz a empresária Maria Cristina Woolley.

Maria Cristina virou a cliente mais assídua de um restaurante. Ela vai ao estabelecimento todo santo dia, há anos. Qual a explicação para tanta fidelidade? Comida orgânica! O que é preparado no local tem ingredientes livres de agrotóxicos. Pelo menos, 70%. Pelo movimento, dá para perceber que tem muita gente atrás de uma alimentação mais saudável.

“Aquela visão de que comida orgânica era algo que não tinha sabor, não tinha gosto, é uma coisa do passado”, afirma o gerente de marketing Bernardo Brandão.

Quanto a chef de cozinha Tatiana Cardoso abriu o negócio há 17 anos, nem se falava em comida orgânica. “Na época, brincava-se que eu era chef de cozinha de bicho grilo, do povo alternativo, e eu nem era muito bem vista pela classe dos gastrônomos, da alta gastronomia como uma chef”, lembra.

Hoje, ela conta com uma rede de pequenos produtores para abastecer o restaurante. As verduras e legumes vêm direto do campo para a cozinha. E no restaurante, não se faz só salada.

Tatiana é mais que uma chef. É uma defensora dos alimentos sem agrotóxicos e tem provas do poder de uma alimentação mais natural e orgânica. “Há 20 anos, a minha mãe teve um problema de saúde em virtude de uma dieta errada, e ela teve um problema no fígado em virtude dessa dieta errada. Ela só conseguiu se curar através da alimentação”, revela.

A mãe se curou, e Tatiana descobriu mais qualidade de vida. “A minha pele ficou mais fina, eu tinha muitas espinhas, e as espinhas foram embora. Meu intestino passou a ter um trabalho regular, e isso também é muito bom. Eu perdi de cinco a seis quilos. Essa culinária nos deixa feliz, ela trabalha no nível do humor também. Então, nos deixa mais leves. Antes, eu me sentia pesada depois das refeições”, aponta a chef.

E quem não quer se sentir mais leve? “Eu sinto que, quando eu como uma comida natural, a energia é liberada aos poucos. Parece que até o final da tarde eu estou bem, estou alimentada. Quando eu como uma comida normal, ela pesa no meu estômago e me dá sono”, diz a nutricionista Juliana Kramer.

A salada servida no restaurante é uma receita com ingredientes simples, fácil de fazer em casa. Leva folhas, brotos de alfafa e de feijão, cenoura ralada, rabanete, pepino e tomate-cereja.
A regra básica é: quanto mais cores, mais vitaminas. E a chef sempre recomenda uma colher de sopa rasa de sementes cruas em cada porção, como linhaça, gergelim e girassol, fontes de gordura saudável e fibras.

Quem gosta de receitas mais sofisticadas, a Tatiana vai ensinar a fazer uma salada de frutas vermelhas, totalmente livre de agrotóxicos. “Eu vou começar pelo molho, um molho muito simples”, diz a chef.

É só misturar azeite de oliva extra-virgem, vinagre balsâmico, melado de cana, sal, e acrescentar framboesa e o mirtilo. Ainda tem morango, tomate e um queijo de cabra especial. “Um ano, elas dão o leite para a fazenda, e um ano elas descansam. Então, elas têm uma qualidade de vida muito boa”, diz Tatiana.

Tatiana hoje é uma chef de cozinha realizada, consciente de que segue uma receita que faz bem para todo mundo. “Eu estou garantindo um futuro mais saudável para mim, para a minha família, para os meus clientes e principalmente para o planeta. A saúde é de um todo, dos animais, do planeta e do homem”, afirma a chef.

fonte: Globo Reporter

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