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Combate alternativo de pragas

3 de janeiro de 2014
Divulgação Governo do Paraná
Divulgação Governo do Paraná

O Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina (UEL) aplica técnicas alternativas, como o alho  para evitar o uso de agrotóxicos nas plantações de morango, fruta altamente suscetível aos venenos. A técnica é considerada menos agressiva ao meio ambiente. O cultivo do morango em consórcio com a produção de alho é uma das alternativas incentivadas pela instituição  para o controle de pragas e doenças, cujo objetivo é a redução da população de ácaro rajado. A praga atinge as folhas da planta, causando apodrecimento. O resultado é o encurtamento do período produtivo da planta e, consequentemente, altos prejuízos financeiros.

O alho libera um forte cheiro que repele o inseto. “A técnica tem grande potencial de redução da população dessa praga”, explica o responsável pela pesquisa Fernando Teruhiko Hata, mestrando do Programa de Pós-graduação em Agronomia. Ele conta que o consórcio do morango com alho já é adotado por pequenos produtores de Pinhalão e Jandaia do Sul. As regiões, segundo ele, estão entre os maiores produtores de morango do Estado.

Hata reforça que a técnica reduz o uso de agrotóxicos ao mesmo tempo em que a produção de alho surge como fonte de renda alternativa ao produtor. Também já foram testados o plantio do morango com manjerona, orégano, funcho e cebolinha; mas o alho apresentou melhores resultados.

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Mosca Branca

O plantio do tomate junto com manjericão e coentro é outra estratégia pesquisada pelo grupo do CCA. A alternativa é adotada no combate à “mosca branca”. O inseto causa sérios danos à produtividade do tomate. O método já é adotado por pequenos produtores rurais das cidades de Primeiro de Maio e Jaguapitã. “Foi possível observar a redução de 60% a 70% a população da mosca branca”, diz o doutorando Mateus Gimenez Carvalho, também do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UEL. Ele explica que a mosca branca é uma praga transmissora de vírus que prejudica o desenvolvimento da planta.

O coentro e o manjericão são cultivados ao lado ou entre as mudas do tomate. São ervas que liberam odor característico, mantendo o inseto distante da planta. A técnica, segundo Carvalho, também favorece a entrada de predadores naturais da mosca branca, como aranhas e besouros e um parasitóide, uma espécie de vespa minúscula que se instala dentro dos ovos da mosca.

“Os resultados da pesquisa são satisfatórios, já que a técnica é um aditivo a mais no controle da praga que causa danos à produção de tomate”, aponta. Outra vantagem é a redução significativa na aplicação de agrotóxicos. “Se o agricultor aplica o veneno a cada três dias, ele passa a aplicar uma quantidade menor”, conclui o doutorando.

As técnicas são direcionadas aos pequenos agricultores da produção orgânica de frutas e hortaliças, produtos cultivados sem agrotóxicos. A meta é testar métodos alternativos que auxiliem o agricultor a reduzir de maneira gradativa o uso de agrotóxicos. “Os agricultores estão ávidos por alternativas, por isso a importância do trabalho conjunto das universidades, atuando junto aos pequenos produtores por meio dos projetos de extensão”, afirma o professor.

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