Como lidar com pragas no cultivo orgânico

O engenheiro agrônomo Sebastião Wilson explica que ao contrário da agricultura tradicional, em casos de pragas e doenças na agricultura orgânica, não ”aplica-se” nada. ”Na agricultura orgânica, que aliás se fortaleceu no Brasil, em contraposição à revolução verde, a ideia não é a de ‘aplicar’ algo para corrigir o desequilíbrio. Esse processo produtivo busca a manutenção do equilíbrio. Talvez por isso a curiosidade de técnicos e agricultores para saber como é feito o controle de pragas e doenças na agricultura orgânica sem ‘aplicar’ nada.”, afirma.
O planejamento holístico da propriedade é fundamental para o controle de pragas, visto que é onde os conhecimentos de agroecologia devem ser aplicados, tais como: a escolha da época correta de cada plantio de acordo com as exigências climáticas da espécie a ser cultivada; análise de solo das glebas de cultivo, além da calagem e fosfatagem, onde e quando necessário.
A seguir, veja mais dicas sobre o assunto:
– Algumas plantas são recomendadas por possuirem propriedades importantes como indicadoras de alumínio no solo. Samambaias, grama seda, guanxuma, carurus e beldroega são algumas delas.
– A conservação do solo é importante: sem erosão, a perda da camada fértil do solo é diminuída.
– Deve-se preferir práticas que aumentem a quantidade de matéria orgânica no solo e da biodiversidade.
– Práticas agroecológicas como adubação orgânica, cobertura do solo com resíduos vegetais, cultivos consorciados, rotação de culturas e alternância na capina das plantas.
– Quebra-vento ameniza o impacto das correntes de ar, reduzindo a perda de água pelas plantas. Além disso, serve também como uma barreira para o deslocamento entre as glebas.
Fonte: Portal Orgânico