Consumidores e a rotulagem dita “natural” dos alimentos

Depois de várias ações judiciais em torno do uso do termo “natural” (contra Trader Joe, PepsiCo, Goya Foods e outros), não seria este o momento que as empresas de alimentos reconsiderem seus rótulos e se concentrem no design de novos produtos utilizando uma linguagem mais criativa? Esta pergunta levantam Harvey Hartman, e James Richardson, do grupo de pesquisas Hartman.
Se os produtores de alimentos pararam de usar as frases “100% natural”, “natural” e “totalmente natural”, a maioria dos consumidores que consomem alimentos naturais teria outras pistas para avaliar o nível de um produto e seu processamento.
Na sua vida quotidiana, os consumidores vêm os produtos naturais como aqueles que são frescos, com um processamento mínimo e um menor número de ingredientes. O termo conota menos “coisas ruins” nos alimentos. Mas tratando-se de rotulagem dos alimentos as pessoas estão céticas e desejam que as empresas demonstrem essa qualidade.
As autoridades, conforme indicam Hartman e Richardson, demoram muito em estabelecer seus padrões, assim, os consumidores têm tomado para si descobrir o que esta por traz do rotulo. Procuram uma combinação de sinais sutis no design, a ausência do “processado” de conhecidos ingredientes. Estas pistas tem orientado os consumidores e não têm nada a ver com a visão dos reguladores. Marcas como Kashi, Popchips, Chobani, desenvolveram um halo em torno ao natural e são assim reconhecidas pelos consumidores.
As empresas de alimentos poderia salvar-se de um monte de problemas, deixando de tentar fazer “reivindicações” explícitas sobre o que são distinções de qualidade, como “natural” e “saudável”. Os termos são simbólicos, escorregadios, em constante mudança, e as empresas requerem arregaçar as mangas e aprender a escrever de forma mais criativa mensagens que comuniquem as especificidades do projeto e do produto.
fonte: The Hartman Group. Leia o artigo completo: