Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Cooperativa que produz castanha de caju obtêm certificação

19 de junho de 2014

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A Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável (Coopapi) vai fornecer mais de 200 kg de castanha de caju do Rio Grande do Norte ao mercado de São Paulo (SP). O produto será recebido na última semana de junho.

A Coopapi, que é sediada na cidade de Apodi, possui 279 cooperados, 700 famílias agregadas. Os associados do empreendimento residem nos municípios vizinhos – Severiano Melo, Caraúbas, Itaú e Rodolfo Fernandes – e são beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além disso, os agricultores vendem seus produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos e o Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) .

A cooperativa possui dez unidades de beneficiamento de castanha no Rio Grande do Norte. Com compradores garantidos nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, os cooperados vendem cerca de três toneladas de castanha por mês.  Além da castanha, também produzem mel, feijão e arroz vermelho.

Produto orgânico

A castanha orgânica, de cajueiros nativos e conduzidos de forma orgânica, recebe adubação com restos de culturas, totalmente sem química; o controle de pragas e doenças é feito por meio de podas.

A partir da castanha in natura, faz-se o cozimento, a castanha é descascada, sua película natural retirada na estufagem e ocorre, então, a última etapa do beneficiamento – embalagem ou torragem ou caramelização, seguida de embalagem, em quantidades de 80g a 1kg.

A castanha tem certificação orgânica do Instituto Biodinâmico (IBD), um dos institutos que concedem certificado de produtos orgânicos com reconhecimento nacional e internacional. “A certificação é de suma importância porque nos embasa e nos fortalece, vai melhorar nossa comercialização”, observa o cooperado e gerente de vendas Mário Sérgio Melo.

Mário conta que o certificado garantiu para a cooperativa a entrada de seus produtos nas regiões Sul e Sudeste, mercados que valorizam os orgânicos. “Estamos abrindo um canal importante, estamos vendendo produto de qualidade”, atesta o gerente de vendas da cooperativa.

Para receber a certificação, são avaliados critérios da produção orgânica, em que são observados a forma de produzir, a localização da área de produção (se não é contaminada com químicos de áreas vizinhas, por exemplo) e histórico de produção, entre outros itens de uma auditoria.

Também estão em fase de certificação a propriedade e os demais produtos –  processo feito com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário

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