Cresce consumo de orgânicos no DF
Com 2% de participação no mercado agrícola, os produtos orgânicos respondem por um faturamento de R$ 8 milhões por ano no Distrito Federal. A produção é, em grande parte, vinda de propriedades familiares, onde pais, filhos, tios e sobrinhos estão empenhados em cultivar sem agrotóxicos, com uso apenas dos recursos naturais para fertilizar o solo e combater as pragas. As áreas dos imóveis chegam até 50 hectares. O consumo de orgânicos tem ganhado força há cerca de 12 anos, estima a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Os motivos são o aumento do poder aquisitivo e o relativo barateamento dos custos das frutas e das hortaliças produzidas sem adição de agrotóxico. “A gente vê um decréscimo no preço dos orgânicos, causados pela aplicação de novas técnicas. Além disso, a melhora do poder de compra da população tem permitido que mais pessoas tenham acesso a eles”, afirmou o coordenador de Agroecologia da Emater-DF, Roberto Carneiro.
Assim, engana-se quem pensa que os consumidores de orgânicos se restringem ao Plano Piloto. “Vemos compradores em São Sebastião, Brazlândia”, enumerou Carneiro. Em muitos casos, os preços dos alimentos sem agrotóxicos são similares ou até inferiores aos tradicionais. Na época da alta do tomate, por exemplo, enquanto o quilo do convencional era vendido a R$ 9, o dos orgânico custava R$ 6. O fenômeno tem explicação e representa uma tendência. “Os produtores orgânicos tendem a reajustar com menor frequência os preços, já que não têm impacto com a alta de insumos, por exemplo”, ressalta o coordenador da Emater.
Fonte: Correio Braziliense
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