Cresce o número de hortas comunitárias no RJ
Incentivadas a partir do projeto Hortas Cariocas, as hortas comunitárias visam o aumento da prática da agricultura urbana, além de oferecer aos moradores produtos de qualidade e com preços baixos. Uma das determinações do projeto é que metade da produção seja doada para famílias de menor poder aquisitivo e para escolas do bairro. Já a outra metade pode ser comercializada.
“Compro couve, alface e o almeirão. É bem mais fresquinho do que no supermercado. Não tem comparação”, comenta Márcia Cristina, moradora da comunidade da Formiga.
Atualmente, são cerca de 30 hortas comunitárias espalhadas pela cidade, onde localizam-se principalmente em comunidades. No Complexo de Manguinhos (zona norte), por exemplo, a horta é considerada a maior da América Latina com cerca de 1 quilômetro de diâmetro, proporcionando emprego para dezenas de pessoas.
“Tudo sem agrotóxico”, garante o agrônomo do morro da Formiga. “Cobramos pouquinho, o molho da alface custa R$1, por exemplo. O que mais fazemos aqui é a doação”, conta o coordenador que trabalha na horta há seis anos. “Acho que doamos para 20 famílias, além da escola e creche que temos na comunidade”.
Estão previstas mais cinco hortas na cidade até o fim do ano, adianta Julio Cesar Barros, idealizador e gestor do projeto. “Nossa meta é cinco, mas cheguemos as sete hortas, vamos ver. O momento atual tem sido bom para o projeto. Mas o ideal seria que as hortas comunitárias fossem incluídas no planejamento urbano e na política municipal, pois trata-se de uma prática multifuncional que promove a sustentabilidade econômica, social e ecológica”.