Estudo comprova os benefícios do própolis orgânico
O estudo foi finalizado recentemente pelo engenheiro agrônomo Severino Matias de Alencar, professor associado da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e da Universidade de São Paulo (USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e confirmou as propriedades antioxidantes e antimicrobianas do própolis orgânico, certificado e produzido na Região Sul do Brasil.
O professor contou com a colaboração do farmacêutico Pedro Luiz Rosalen, professor titular de farmacologia, anestesiologia e terapêutica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com a participação da doutoranda Ana Paula Tiveron (Esalq) e do pós-doutorando Bruno Bueno Silva (Instituto de Ciências Biomédicas, USP), ambos bolsistas da Fapesp, além do doutor Masaharu Ikegaki, da Universidade Federal de Alfenas (Unifal).
A equipe investigou 78 amostras coletadas em apiários no Norte de Santa Catarina e no Sul do Paraná. Dentre elas, foram identificadas sete variantes de própolis orgânico, com comprovada atividade antimicrobiana e antioxidante (em relação às bactérias Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus, Staphylococcus aureus, Streptococcus oralis e Pseudomonas aeruginosa).
“No Brasil, o interesse pelo própolis ocorreu somente na década de 1980. Portanto, há ainda muito que se pesquisar, principalmente no que diz respeito à padronização e classificação do própolis. Não se pode deixar de considerar o enorme potencial dele como fornecedor de moléculas bioativas a serem testadas e com possibilidade de aplicação nas indústrias alimentícia e farmacêutica”, afirma Severino. Segundo ele, o grande desafio que os pesquisadores têm pela frente é descobrir qual tipo de própolis é melhor para qual atividade biológica, considerando que, no Brasil, existem vários.