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Fazendas orgânicas e a biodiversidade

5 de fevereiro de 2014
milho, Quaresmeiras
foto: OrganicsNet, Sítio Quaresmeiras, RJ

Cientistas da Inglaterra e Suécia constatam que fazendas orgânicas têm 34% mais espécies de plantas, insetos e animais do que as convencionais.  Um estudo de trinta anos mostrou que essa característica se manteve estável ao longo do tempo, sem apresentar sinais de declínio. O trabalho foi publicado no periódico Journal of Applied Ecology. O trabalho realizado, sobretudo, na Europa e na América do Norte  analisou dados de 94 pesquisas, que envolviam 184 fazendas. Os resultados mostraram que as propriedades orgânicas – aquelas que não fazem uso de pesticidas e agrotóxicos, apenas fertilizantes naturais – tiveram um impacto positivo sobre a diversidade de espécies quando rodeadas de fazendas que também seguiam esse método de cultivo. “Os benefícios de cada fazenda orgânica para a biodiversidade se diluem quando se trata de uma área isolada, em comparação com uma ‘ilha orgânica’, fornecendo habitats ricos em meio a um ‘mar’ de campos convencionais cobertos de pesticidas”, diz Lindsay Turnbull, da Universidade de Oxford. A diversidade ambiental do cultivo orgânico apresentou variações de 26% a 43%, ficando em 34% na média. “Métodos orgânicos podem ajudar a evitar a perda contínua de biodiversidade nas nações industrializadas”, afirma Sean Tuck, pesquisador da Universidade de Oxford e principal autor do estudo. O número total de indivíduos não foi analisado pela pesquisa, apenas sua diversidade. “Mais estudos são necessários para identificar o impacto de plantações orgânicas em regiões tropicais e subtropicais. Não existem, por exemplo, levantamentos sobre bananas ou cacau orgânicos. Nós simplesmente não sabemos se comprar versões orgânicas desses produtos tem algum benefício para o meio ambiente”, explica Turnbull. Veja a pesquisa, em inglês:  Land-use intensity and the effects of organic farming on biodiversity: a hierarchical meta-analysis fonte: revista Veja

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