Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Fundação Banco do Brasil direciona mais R$ 4 milhões para programa

22 de setembro de 2015

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Nos próximos dias, o Programa Redes Ecoforte, programa de fortalecimento das redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, vai receber um reforço de mais R$ 4 milhões para outras quatro redes que atendam agricultores familiares e comunidades tradicionais selecionadas por meio de edital. Em 2014, a parceria da Fundação BB e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) atendeu a 25 redes. Com o novo aporte, o investimento social não reembolsável passa a ser de R$ 34 milhões, para um total de 29 redes. As entidades selecionadas recebem o valor máximo de R$ 1,25 milhão por projeto.

O presidente da Fundação BB, José Caetano Minchillo, destaca que o novo aporte potencializa o alcance do programa. “Com isso, aumentamos a produtividade, a renda e melhoramos a comercialização de produtos agroecológicos e sustentáveis. Ou seja, mais oportunidades de inclusão social e de renda para os agricultores familiares”, afirma.

REDE DE AGROECOLOGIA ECOVIDA

Um exemplo é a Rede de Agroecologia Ecovida, conveniada com o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), do Rio Grande do Sul, que recebeu o recurso e hoje atende 1.200 famílias. Em seis meses, o projeto já contabiliza alguns resultados, como avanço na estruturação da rede de valorização e uso da sociobiodiversidade; comercialização e intercâmbio de produtos entre as regiões, participação em feiras; evolução no processo de certificação de produtos orgânicos, entre outros.

De acordo com o coordenador do Cetap, Alvir Longhi, o projeto abrange sete regiões do estado, com foco na valorização de novos produtos, a partir do processamento, comercialização e ampliação da base alimentar. A ideia é que, em dois anos, 4 mil pessoas sejam alcançadas de forma indireta. Ele conta ainda que na região existe uma diversidade grande de produtos que podem ter o potencial nutricional e de geração de renda mais bem aproveitados, como é o caso do pinhão e do butiá – coquinho azedo, retirado da palmeira de nome científico butia capitata.

“Com a implantação das novas unidades de processamento de frutas nativas, esse processo vai ser potencializado, o que vai nos permitir contribuir ainda mais na melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares e na criação de redes com diferentes atores, em diferentes regiões, e o Ecoforte está nos permitindo dar esse grande passo”, declarou.

SOBRE O ECOFORTE

O Ecoforte faz parte da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que buscam estimular e integrar políticas públicas de produção orgânica e de base agroecológica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.

Além da Fundação Banco do Brasil e do BNDES, participam também, a Secretaria-Geral da Presidência da República; o Ministério do Desenvolvimento Agrário; o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; o Ministério do Meio Ambiente; o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; o Ministério do Trabalho e Emprego; a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

 

Redação do Portal AZ

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