Irrigação diversifica pauta do agronegócio
A fruticultura e a criação de caprinos e ovinos têm sido fortalecidas por programas de linha de crédito e irrigação
Catarina Esta cidade, no Sertão dos Inhamuns, é modelo de implantação de projetos de cultivo orgânico de hortaliças e fruteiras. Destaque para a goiaba e uva. As áreas de produção são visitadas todos os meses por técnicos e agricultores de outras cidades curiosos quanto à experiência de sucesso. O segredo, segundo os produtores, é simples: assistência técnica, apoio ao crédito e implantação de sistemas localizados de irrigação – processo que contribui também para a criação de animais.
Em vez das tradicionais culturas de sobrevivência, hortaliças e fruticulturas ocupam cada vez mais espaço em pequenas propriedades a partir de projetos irrigados, sendo o plantio de uva um dos destaques no cenário rural municipal, atraindo a atenção de moradores que se mostram admirados com a produção e a qualidade dos frutos.
O plantio experimental de meio hectare de uva da variedade Itália Moscato implantado no Sítio Bom Lugar, em Catarina, deu certo e deixou produtores rurais otimistas em relação ao aumento da produção. A área foi ampliada para um hectare e a ideia é dobrar a área do parreiral até o fim deste ano.
O parreiral é fruto da determinação e do esforço do produtor rural Ronivon Ferreira. Depois da orientação técnica, da implantação de moderno sistema de irrigação e de novos tratos culturais, o agricultor resolveu, há dois anos, revolucionar a produção de sua propriedade. “Decidi plantar uva e estou satisfeito”, diz. “Há desafios, mas estou vencendo todos eles”. Hoje, a renda familiar mensal ultrapassa R$ 3 mil. Implantou maracujá, goiaba, laranja e ampliou a área de tomate. A comercialização dos frutos é feita para centros consumidores da Região Centro-Sul.
Ele lembra que já havia tentado fazer o cultivo de uva, mas, sem experiência e conhecimento técnico, não conseguiu. Depois da chegada de técnicos contratados pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Município e da Ematerce, voltou o desejo de implantar o parreiral.
A maior parte da produção da uva é vendida para o mercado de Iguatu, cidade polo da Região Centro-Sul. A estimativa dos técnicos é que, a partir da terceira safra, quando ocorre a estabilidade produtiva do parreiral, a renda obtida deverá ser de R$ 55 mil para cada área de um hectare.

• Confira a matéria na integra, clique aqui.
Fonte:. Diário do Nordeste