Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Manchas verdes se multiplicam nas cidades

11 de agosto de 2016

 

Cada vez mais iniciativas agroecológicas se consolidam nas grandes cidades. Partindo de pessoas em busca de um novo ritmo e uma melhor alimentação. Transformam todo o estilo de suas próprias vidas e das regiões nas quais florescem.

A empreitada de criar uma horta urbana se transformou no objetivo de muitos jovens de todas as idades Brasil a fora. Para além de mudarem a relação dessas pessoas consigo. As hortas têm sido um espaço de socialização e troca entre as pessoas da região e delas com o espaço onde vivem. Nos canteiros improvisados o plantio vai tomando corpo através de técnicas que não agridem o meio ambiente, pelo contrário, ajudam a preservá-lo.

As iniciativas são importantes no fortalecimento da educação social das crianças. Elas aprendem a plantar seu próprio alimento desde pequenas. Se conscientizando dos processos da vida, tendem a compreender-se como sujeitos ativos e transformadores. “A percepção da importância de uma alimentação saudável ainda é repassada para os filhos das crianças que passaram pelo projeto e hoje já têm família constituída”, diz Dona Dirce, agricultora da Horta do Anil que fica em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Enquanto isso, no Sul da Bahia. Ernst Götsch ensina jovens urbanos de diferentes formações a plantar seu próprio alimento através da agricultura sintrópica. O projeto começou na Suíça e na Alemanha com seus experimentos em complexos de plantio. Hoje, já recuperou 500 hectares de terras arrasadas. A partir destas uma agrofloresta floresce. Desse solo fértil já brotou inclusive uma nascente natural de água.

“Do sucesso das colheitas começa a surgir a ideia de organismo. Da ideia de organismo a cooperação e, dali, a sucessão dos sistemas, e tantos outros conceitos que fundamentam a filosofia e a técnica no sentido mais orgânico dos termos”, diz Götsch.

Outra faixa etária muito positivamente atingida com os projetos verdes são os idosos. A qualidade de vida proporcionada para a comunidade que cerca as hortas se estende às suas mesas. As colheitas das hortas urbanas são na maioria das vezes distribuídas para a população local. Além de serem soluções para os altos preços dos mercados. A partir dos encontros, servem como pontes para os afetos.

Dentro dessas pequenas estações de despoluição do meio ambiente e dos seres o tempo é regido não pelos homens, mas pela natureza. Acorda-se bem cedo e as horas podem ser contadas pelo movimento do sol. A reinvenção da experiência de vida através das relações orgânicas e sustentáveis é um caminho possível e saudável dentro de uma sociedade cada vez mais acelerada e asfixiante.

Para conferir o vídeo que embasou esse texto: Globo Play

Para saber mais:

Hortas agroecológicas ajudam a mudar realidade da vida no campo – OrganicsNet

Hortas domésticas e agricultura urbana – OrganicsNet

Hortas orgânicas podem ser uma boa dica para ter lucro através do próprio quintal – OrganicsNet

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