Natura reduz as emissões de gases do efeito estufa

A Natura definiu há sete anos a meta de diminuir 33% de suas emissões de gases causadores do efeito estufa. Descobriu ao longo da jornada, porém, que a tarefa era bem mais trabalhosa do que parecia.
Em 2005, os executivos da empresa de cosméticos iniciaram uma longa negociação com a fabricante de produtos orgânicos Native, que até então fornecia apenas o açúcar usado em cremes e sabonetes esfoliantes da marca. O plano era convencer o fornecedor a lhe entregar outro insumo: álcool orgânico para a fórmula de perfumes
A Native já produzia álcool comum. Mas produzir álcool orgânico era, além de complexo, caro. “Seria preciso comprar um destilador especial caríssimo, e não teríamos outras empresas interessadas no produto”, diz Fernando Alonso Oliveira, gerente de produtos da Native.
Três anos mais tarde, e depois de 38 milhões de reais investidos pela Native, a nova linha de produção começou a operar. O esforço não veio do desejo de propagandear o uso do insumo nas embalagens, que aparece escondido na lista de ingredientes. Esse seria um capricho caro: o álcool orgânico custa o dobro do comum, e a Natura consome 10 milhões de litros dele por ano.
A negociação ajudou a dar a largada numa corrida que virou uma verdadeira obsessão para a Natura: diminuir drasticamente suas emissões de gases causadores do efeito estufa. Diferentemente do álcool comum, a produção orgânica não usa fertilizantes e defensivos químicos, e por isso emite um terço menos de gás carbônico.
“Estudamos oportunidades como essa em todo o negócio, desde a produção de matérias-primas até a entrega de produtos”, diz Denise Alves, diretora de sustentabilidade da Natura, que faturou 9 bilhões de reais em 2013. A análise chegou a um número, divulgado em 2007: seria possível diminuir 33% das emissões até o fim de 2011. Não foi uma tarefa simples.
fonte: Exame. Leia a matéria completa: Natura reduz as emissões de gases