O Brasil rumo à agroecologia
O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica já atende mais de 130 mil famílias de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária, juventude rural, associações e cooperativas, que têm adaptado a produção a sistemas agroecológicos ou orgânicos. O Plano busca contribuir para o desenvolvimento sustentável, possibilitando à população a melhoria da qualidade de vida por meio da oferta e consumo de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais. Portanto, os segmentos da produção sustentável também deveriam ser seguidos pelo setor industrial nacional, para que as empresas se comprometam, cada vez mais, com a vida.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, cerca de R$ 8,8 bilhões em recursos poderão ser utilizados até 2015 na integração, articulação e adequação de políticas, programas e ações de transição agroecológica, da produção orgânica e de base agroecológica.
Mais de 35 mil agricultores familiares já recebem Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), por meio das Chamadas Públicas em Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que serão executadas em três anos, no valor de R$ 189 milhões, em 19 estados. O Plano é executado com base em quatro eixos de atuação: Produção; Uso e Conservação dos Recursos Naturais; Conhecimento e Comercialização e Consumo. Engloba 14 metas e 125 iniciativas.
Segundo o ministro do MDA, Laudemir Müller, a inovação é importante para agricultura familiar. “Apesar dos avanços obtidos nos últimos anos pela agricultura familiar, a saída para que o segmento atenda a demanda por alimentos, estabelecida internacionalmente para o Brasil, é investindo em tecnologia e inovação agrícola. Houve um aumento na renda de mais de 40 milhões de brasileiros que gerou uma demanda extra confortavelmente atendida pelos agricultores familiares”. Porém, ele afirma que é preciso levar mais tecnologia para que o pequeno agricultor avance em termos de produtividade.
Para isso, a FAO explica que é preciso haver condições macroeconômicas estáveis, regimento jurídico e regras transparentes, ferramentas para a gestão de riscos e infraestrutura de mercado.
O ministro lembra que os implementos podem ser adquiridos com o financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que já disponibilizou R$ 45 bilhões. “Nossa estimativa é chegar a 100 mil tratores comercializados pelo programa no ano que vem”, projeta o Müller.
Fonte: Agro Link