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O Que Explica a Violência das Águas na Região Serrana

1 de fevereiro de 2011

O PLANETA REAGE…
1 – O aquecimento da superfície terrestre provoca deslocamentos cada vez mais intensos de ar e umidade pelo planeta. As consequências são episódios de seca e chuva de radicalidade inédita.
2 – Uma larga faixa de ar quente e úmido proveniente da Amazônia – fenômeno característico do verão conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul – originou nuvens extraordinariamente carregadas, que se concentraram numa área muito restrita da região serrana.

…E AS MONTANHAS NÃO AGUENTAM
1 – O maciço que cerca a região, com altitudes de até 2 000 metros, formou uma barreira de contenção que aprisionou as massas de ar em um único local.  2 – As nuvens se acumularam no alto das montanhas. A chuva atingiu as nascentes dos rios, que se encheram rapidamente e ganharam velocidade ao alcançar os vales, formando as chamadas cabeças-d’água.
3 – As encostas, compostas de uma camada fina de terra sobre um maciço rochoso, têm baixa capacidade de absorção. Encharcada, boa parte da terra se desprendeu do morro e deslizou. 4 – O sistema de drenagem urbana das cidades serranas é obsoleto. A ocupação desordenada do solo agrava o problema. É impossível escoar grandes quantidades de água.

O EFEITO TSUNAMI EM NOVA FRIBURGO

A inclinação das montanhas, que chega a 90 graus, levou a correnteza de lama a atingir 150 km/h – velocidade comparável à de uma avalanche.
Calcula-se que, num único deslizamento, mais de 1 000 toneladas de lama tenham avançado sobre ruas e casas.
Nessas condições, a massa de terra e água é capaz de arrastar objetos de até 80 toneladas. A energia produzida pelo impacto do deslizamento sobre as casas pode ser comparada à dos dois aviões que atingiram o World Trade Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001.

ÁGUAS QUE CASTIGAM

Em um único dia, a cidade de Nova Friburgo, onde a chuva foi mais intensa, registrou mais da metade do volume de chuvas previsto para o mês inteiro.

GRANDES CATÁSTROFES PROVOCADAS PELA CHUVA 1967 – Rio de Janeiro
Mortos: 1 000
Desabrigados: 5 000
1967 – Caraguatatuba/SP Mortos: 436
Desabrigados: 3 000
1987 – Rio de Janeiro
Mortos: 292 Desabrigados: 20 000
2008 – Santa Catarina
Mortos: 135
Desabrigados: 54 000

2010 – Rio de Janeiro

Mortos: 283

Desabrigados: 11 000

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/brasil-chuva-natureza-nova-friburgo-rj-rio-janeiro-estado-teresopolis-rj-itaipava-rj-617114.shtml

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