Orgânicos conquistam os supermercados
O Estado de São Paulo publicou, dia 2 de junho uma matéria assinada pela jornalista Fernanda Yoneya mencionando que, em resposta a preocupação do grande varejo em aliar consciência social e ambiental, os produtores orgânicos estão conseguido ampliar os espaços nas gôndolas dos supermercados e as grandes redes varejistas estão investindo em marcas próprias.
OrganicsNet considera importante a conquista de maior espaço nas gôndolas dos supermercados, mas alerta sobre a dependência dos pequenos produtores em somente comercializar seus produtos no grande varejo. Uma estratégia mundial dos grandes varejistas e, para alimentos convencionais e orgânicos, o investimento em marcas próprias como forma de crescimento, terceirizando a produção e investindo no marketing dos produtos. Para os pequenos produtores orgânicos a industrialização de um elevado percentagem da sua produção para um cliente e a vinculação da receita mensal de só uma fonte , representa um risco elevado. Os pequenos produtores requerem de integração e organização– seja em cooperativas ou grupos –para adquirir força e negociar em melhores condições. OrganicsNet considera que o mercado interno é muito importante para os produtores brasileiros, sobretudo para as pequenas agroindústrias e produtores familiares, cuja produção é limitada e que todas as formas de comercialização devem ser consideradas, sem desprezar o grande varejo.
O artigo publicado no Estadão indica que o “investimento em marcas próprias das redes de varejo para produtos orgânicos confirma o crescimento do setor. Na rede Carrefour, esse mercado tem crescido 20% ao ano, estimulado pela profissionalização dos agricultores produtores de frutas, legumes e verduras (FLV), informa o gerente de Inovação e Qualidade das Marcas Próprias, Fernando Augusto Del Grossi. A rede trabalha com mais de 100 itens orgânicos, em 100% das lojas, entre alimentos in natura e industrializados. No Pão de Açúcar o mercado de orgânicos passou de R$ 6 milhões, em 2002, para R$ 58 milhões em 2009. “Desse total, 65% são hortifrutigranjeiros”, diz a gerente comercial de Alimentos Orgânicos do Pão de Açúcar, Sandra Caires Saboia. Nos últimos dois anos a venda de orgânicos cresceu, respectivamente, 40% e 45%, segundo Sandra hoje, a marca do grupo possui 40 itens orgânicos.”
“O fornecimento direto para o varejo é feito, normalmente, por meio de parcerias com distribuidoras certificadas. “A distribuidora dá assistência técnica, acompanha o cultivo e responsabiliza-se pela compra de 100% da colheita. O agricultor sabe para quem vender”, diz o sócio da Rio de Una Alimentos, em São José dos Pinhais (PR), Marco Giotto, certificada pelo Instituto Biodinâmico (IBD), que hoje conta com 113 agricultores, responsáveis por 450 hectares. O volume de produção é de 400 toneladas de frutas e hortaliças por mês. “Cerca de 60% dessa produção abastece supermercados.” Ele diz que os supermercados são o principal canal de comercialização. “As feirinhas orgânicas ainda são pouco representativas do ponto de vista do escoamento da produção”, avalia.
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Marcas próprias confirmam potencial do setor de produtos orgânicos