OGMs não poderão mais entrar na Rússia
A Duma do Estado aprovou no último mês um projeto de lei que proíbe cultivar plantas e criar animais geneticamente modificados no país. Preocupado com os impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente. O governo também poderá proibir a entrada de seus produtos derivados.
A partir de 1º de janeiro de 2017, a engenharia genética russa somente será empregada em perícias e trabalhos de pesquisa científica. Sobre essa decisão as opiniões se dividem. Os proprietários de fazendas orgânicas, cujos negócios cresceram significativamente na última década, comemoram a decisão.
“Os Organismos Geneticamente Modificados são uma ferramenta para manter o mercado mundial de alimentos sob o controle de grandes corporações produtoras tais como a americana Monsanto, gigante da área de agricultura e biotecnologia, que atualmente produz quase 50% das sementes geneticamente modificadas”, disse Boris Akimov, fundador da cooperativa agropecuária LavkaLavka.
A comunidade científica russa opõe-se aos agricultores. Temem que a proibição tenha como resultado um impacto na pesquisa científica. Caso a pesquisa não seja mais necessária “Todos os geneticistas progressistas simplesmente irão embora para o Ocidente”, afirma o geneticista molecular Stanislav Pôlozov
Economicamente, especialistas russos desenham dois possíveis cenários para o desenvolvimento da agropecuária após a proibição da importação e cultivo de OGMs. Em um cenário positivo, a Rússia poderá tornar-se um dos maiores produtores mundiais de alimentos orgânicos. Já um cenário negativo está relacionado à possibilidade de que, na esfera da biotecnologia, o país fique para trás em comparação com os líderes mundiais.
Confira a reportagem completa em: Gazeta Russa
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