Para ambientalista, grandes hidrelétricas tendem a ficar no passado
A tendência é que as grandes usinas hidrelétricas fiquem no passado da infraestrutura brasileira. Carlos Ritti, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia, do WWF Brasil, afirma que a redução do tamanho dos projetos hidrelétricos ainda é uma concessão modesta para minimizar os impactos de hidrelétricas na Amazônia.
“Quando se fala de hidrelétricas na região amazônica, seria bom saber se o plano é barrar todos os rios amazônicos. Hoje, o que se discute é o projeto de Belo Monte, de Jirau, não se discute a Amazônia como um todo.”
Para corroborar com a sua tese sobre a falta de sentido que é a discussão acerca de grandes usinas hidrelétricas, Carlos Ritti diz que o que importa de fato é buscar alternativas para utilizar melhor as fontes de energia disponíveis, as aproveitando a partir de programas mais efetivos de eficiência energética.
“A discussão das grandes usinas atende ao interesse de grandes grupos construtores, que poderão gerar muitos recursos. O importante para o país é investir em eficiência energética e avançar com a geração eólica, cujo aproveitamento ainda não alcança sequer 1% do potencial”, afirma Ritti.
Em termos técnicos, para o próprio, o país detém potencial eólico de 140 mil MW. Bem acima do parque de geração instalado hoje no país, que não passam de 107 mil MW.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/815845-usinas-gigantes-sao-passado-afirma-ambientalista.shtml