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Pesquisa mostra o perigo dos agrotóxicos

17 de setembro de 2014

  agrotoxicoO Brasil é o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo: em 2012, foi constatado que foi consumido 1 bilhão de toneladas de agrotóxicos e 6,9 milhões de toneladas de fertilizantes químicos.

 Um estudo realizado pela Universidade Federal do Mato Grosso, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, constatou a presença de 223 princípios ativos de agrotóxicos nos alimentos, dentre os 500 existentes.

  A pesquisa de 2012 apresentou 36% de análises satisfatórias, 29% insatisfatórias,  porém com resíduos, e apenas 35% não apresentaram resíduos. O estudo também concluiu que o número de trabalhadores com intoxicações agudas por agrotóxico no Brasil dobrou, passando de 5 mil em 2007 para 10 mil em 2012. Nesse mesmo período, o número de mortes passou de 200 para 313.

 Estudos recentes comprovam que se expôr demais a agrotóxicos pode trazer problemas no sistema nervoso, imunológico, além de câncer, má formações e infertilidade. A ingestão de alimentos com resquícios químicos também pode provocar alergias e danos ao fígado, entre outros problemas.

                                                                                                                                                                                          

 O professor do Departamento de Genética e Morfologia da Universidade de Brasília (UnB), o biólogo César Koppe Grisólia, sugere ao consumidor que opte por alimentos orgânicos, quando houver opção de oferta e condição financeira, ou lave bem as verduras, frutas e legumes, com água e pequenas quantidades de hipoclorito de sódio (água sanitária). “Pesquisas da Unicamp mostram que, se houver uma boa higienização, os níveis de resíduos podem diminuir”.

 A Câmara tem analisado projetos de lei que limitam o uso de agrotóxicos no País. Por outro lado, a presidente da Comissão Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), afirma que os agricultores não podem mais suportar a demora na regulamentação de novos defensivos agrícolas.

Fonte: Alagoas 24 horas

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