Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Processamento de produtos orgânicos, que mais deve ser realizado?

27 de setembro de 2011

Em 1991, os regulamentos orgânicos europeus estipularam os requisitos mínimos para a produção de orgânicos, mas para o processamento dos alimentos as orientações pouco diferenciaram do processamento no setor convencional. Foi em 2007, que com o novo Regulamento Orgânico da UE, os requisitos de processamento e fabricação de alimentos orgânicos se tornou muito mais detalhado. Assim, a União Européia estipula que a indústria orgânica deve usar métodos que garantam a integridade orgânica e que as características de qualidade essenciais do produto sejam mantidas em todas as fases da cadeia produtiva.

No entanto, existe ainda uma falta de requisitos concretos e regulamentos de processamento que se referem à produção de alimentos como pão e produtos de padaria, carnes e embutidos, ervas e especiarias, leite e produtos lácteos, óleos e gorduras comestíveis e bebidas alcoólicas e não alcoólicas.

Os consumidores esperam uma maior segurança alimentar ao adquirir produtos orgânicos, e as regras da União Européia de 2008 indicam como as normas gerais contidas no Regulamento Orgânico da UE de 2007 devem ser aplicadas. Por exemplo, a Comissão Européia lista os aditivos alimentares e auxiliares tecnológicos autorizados e apenas 47 dos mais de 300 aditivos permitidos na UE podem ser usados na fabricação dos alimentos orgânicos.

Esta lista positiva, no entanto, contêm uma série de aditivos questionados por causar alergias ou cuja ADI (Ingestão Diária Aceitável) não foi determinada. A questão é conhecer se os atuais padrões exigidos na produção orgânica são suficientes para permitir a fabricação de aditivos orgânicos. Nas indústrias de alimentos orgânicos certas tecnologias de processamento estão sendo usadas que, a rigor não cumpram com as idéias, fundamentos e princípios da agricultura orgânica. O desafio para a Comunidade Européia é definir com mais precisão os métodos de fabricação que são permitidos no setor orgânico. Ainda há uma necessidade de diretrizes claras e inequívocas para cada área de produção.

Essas normas devem, naturalmente, ser trabalhadas e desenvolvidas em colaboração com a ciência e o setor privado. Assim, muitas associações orgânicas têm regras que proíbem o uso de tecnologias especiais, como nano-tecnologia. Processos como a ultra-alta temperatura no tratamento e esterilização do leite deverão ser submetidos a uma revisão crítica.

Conclusão: Estamos no caminho certo para desenvolver cuidadosos métodos de processamento dos produtos orgânicos. É claro, portanto, que a diferença entre produtos orgânicos e convencionais não pode ser reduzida apenas aos materiais e aditivos utilizados. Os métodos de processamento são também de grande importância e são cruciais para determinar a melhor qualidade dos alimentos orgânicos em comparação com os de origem convencional.

fonte, leia o artigo: Organic Market Info.

Boletim de notícias

Cadastre-se e receba novidades.