Rede comunitária para acesso ao mercado pelos produtores orgânicos

Produtos orgânicos crescem na China

30 de maio de 2011

Um minúsculo setor de alimentos naturais e orgânicos da China está se beneficiando com as compras dos consumidores de ingressos médios e altos, preocupados com a saúde e aqueles repatriados do exterior, mas a desinformação, regulamentações frouxas e as práticas comerciais questionáveis estão provando ser grandes obstáculos.

No varejo LohaoCity Organic, com pontos de venda nas cidades de Pequim, Shenzhen, Chengdu Guangzhou e Tianjin as receitas vêm crescendo a uma taxa média de 35%. Há planos para criar mais pontos de vendas em diferentes partes da China, mas é um desafio diário assegurar que a totalidade da produção dos fornecedores esteja livre de produtos químicos e outros ingredientes não autorizados.

“Nossa posição é clara: exigimos que os nossos fornecedores sejam certificados pela agência do governo central (China Green Food Development Center) e não aceitamos a certificação dos governos municipais ou estaduais”, disse Terry Wu, gerente geral da LohaoCity Organic Store.

Os alimentos de fornecedores passam pelos rigorosos controles de qualidade do departamento de compra da LohaoCity, que também garante uma rotulagem clara de conformidade com as normas locais e internacionais. Uma cláusula no contrato de compra garante que os fornecedores cumprirão com todas as normas orgânicas da China.

“Se os fornecedores pode realizar este compromisso, nós vamos estar de seu lado. No varejo, temos que ser responsáveis ante nossos consumidores”, disse Wu.

“Em poucas palavras, é realmente uma questão de confiança. Se não houver uma verdadeira política a nível nacional, onde os consumidores deverem ir? Varejistas, fornecedores e consumidores têm que desenvolver essa confiança. E os consumidores precisam se educar para tomar decisões sensatas. Há esperança, porém “.

Apesar do aumento nas vendas, o mercado chinês de alimentos orgânicos ainda está enfrentando um desafio ao tratar-se de um país onde os agricultores usam pesticidas e fertilizantes químicos na produção de carne e para controlar ervas daninhas, o que geralmente significa trabalhar menos.

Programas de comunidades (CSA) que apoiam os agricultores, nas quais um produtor oferece um certo número de “ações” ao público, é vista como uma ideia viável. A cambio fornecem semanalmente uma caixa de vegetais.

Em 2010 a fazenda Little Donkey Farm tinha 500 “ações” que correspondem a 5 kg de vegetais por semana para cada acionista. O custo é de 1.500 yuan (USD273) pela assinatura de um ano. Os acionistas também pagam por sementes, instrumentos e irrigação.

De acordo com Shi Yan, um representante da Universidade Renmin, envolvida no programa, o desafio é fazer com que os pequenos agricultores adoptem o modelo CSA.

fonte: People’s Daily on line

Boletim de notícias

Cadastre-se e receba novidades.