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Brasil deve reafirmar acordo que garante proteção de biomas

15 de outubro de 2010

A tendência é que o governo brasileiro reafirme os compromissos de proteção aos biomas nacionais, firmado, inicialmente, na Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), durante a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, que ocorrerá a partir do dia 19, em Nagoia, no Japão.

Segundo disse à Agência Brasil, João de Deus Medeiros, diretor de Florestas da Secretaria da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, quando assinou o compromisso, o Brasil assumiu a tarefa de garantir a proteção, por meio de unidades de conservação, de 30% da Amazônia e 10% dos demais biomas no território brasileiro. Porém, para o próprio, a área protegida nos demais biomas, com percentual menor que o da Amazônia, ainda está distante do proposto na CBD.

“É uma meta que ainda representa um grande desafio para o país. Mas nós acreditamos que há cada vez mais sinais de que isso é uma prioridade defendida pela sociedade. Nós precisamos aprimorar esses mecanismos de negociação para que a sociedade entenda a necessidade e a urgência dessas ações. E, com isso, a gente tenha maior facilidade para efetivar a criação dessas novas áreas.” Falou Medeiros.

Ele ainda afirmou, que apesar de não ter cumprido determinadas metas propostas no CBD, o Brasil foi um dos países que mais colaboraram para a preservação da biodiversidade nos últimos anos. Também lembrou que as nações industrializadas, apesar de não ter um percentual de biodiversidade muito significativo, são signatárias da CBD, logo, tem um papel importante na negociação internacional, ao auxiliar os países detentores de biodiversidade a implementar essas ações no seu território.

Prosseguindo, Medeiros disse que os biomas da Caatinga e do Cerrado vêm apresentando maior vulnerabilidade, no que diz respeito a questões de conservação, embora a Mata Atlântica tenha sido o bioma mais impactado ao longo do processo histórico brasileiro.

“Em biomas como o Cerrado e a Caatinga, nós temos uma situação duplamente complicada, que é uma representatividade ainda baixa e a distribuição, no bioma e nas categorias de proteção e uso sustentável, ainda muito desequilibrada”. Além disso, ele ressaltou a influência da ação humana sobre os biomas, como o agronegócio, que é um fator de conflito, define.

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