Tecpar estimula orgânicos no Paraná
A participação do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) na
Mercosuper, a Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, pelo 4º ano
consecutivo, vem estimulando o comércio e a certificação de alimentos
orgânicos.
No estande do Tecpar na feira, são expostos produtos que foram
certificados pelo instituto, e seus representantes têm a oportunidade de
apresentar ao setor mercadista e ao público em geral as vantagens da
produção e certificação de orgânicos.
Para a representante da Divisão de Certificação do Tecpar, Tânia
Carvalho, foi possível observar este ano a evolução que o comércio de
orgânicos teve a partir da certificação. “Nós tivemos produtos
expostos no estante do Tecpar em anos anteriores que ganharam projeção e
escala de produção e hoje participam da Mercosuper com estante
próprio”, disse Tânia.
É o caso da chácara produtora de hortaliças e legumes Sabores da
Natureza, que, depois de expor por três anos seus produtos no estande do
Tecpar, teve um crescimento de cem por cento nas vendas e, neste ano,
participa da Mercosuper com estande próprio. “Quando decidimos passar a
processar e empacotar o nosso produto, buscamos a certificação do Tecpar,
que nos abriu as portas para o mercado dobrando a nossa produção, que
chega hoje a 50 toneladas de hortaliças e legumes por mês”, explica a
proprietária da chácara, Priscila Strapasson.
Os produtos em exposição no estande do Tecpar são: a
castanha-do-Brasil da empresa Econuts, a Cachaça Porto Morretes, o Café
Saquarema, Hortaliças Prima Verde, os ovos da Gralha Azul Avícola e as
hortaliças e legumes da SOS Verdinhas Strapasson.
Na opinião do técnico do Tecpar Danilo Grapiuna, o avanço dos
orgânicos e a crescente procura por certificação geram benefícios
econômicos e sociais. “Se por um lado o consumidor desfruta de alimentos
mais saudáveis e com menos agrotóxicos, por outro as empresas, ao buscar a
certificação, agregam valor aos seus produtos, adotando práticas de
produção adequadas e sustentáveis”, disse Grapiuna, explicando que o
processo de certificação exige da empresa o cumprimento de uma série de
boas práticas no manejo do alimento e do ambiente e no trato com os
colaboradores e todos os envolvidos na exploração da matéria-prima.
A Econut, por exemplo, que comercializa castanha-do-Brasil na região
amazônica e recentemente foi certificada pelo Tecpar, mantém uma
organização sem fins lucrativos para desenvolver projetos sociais, chamado
Instituto Excelsa.
Em um dos projetos, a empresa distribui gratuitamente mudas de
castanheira e dá apoio técnico ao plantio para a comunidade local, que
fica a cerca de 220 km de Manaus, no município de Itacoatiara (AM). A
empresa também condiciona a venda de castanhas ao plantio de uma
castanheira na região. “Nós estamos fazendo estudos para medir o carbono
que é extraído da atmosfera por uma castanheira para poder quantificar o
benefício ambiental desse projeto”, explicou Ana Luiza Vergueiro,
sócia-gerente da Econut.
fonte: Tecpar