Todos querem ser “verde” como o Brasil
Segundo a Organic Monitor, o Brasil está se tornando o queridinho da indústria da beleza e capturando a atenção de um número crescente de empresas internacionais. Atualmente ocupando o terceiro lugar do mundo e com previsão de ultrapassar o Japão até 2020, a industria brasileira de cosméticos aumenta sucessivamente o número de consumidores que levam em consideração o impacto ambiental dos produtos em sua compra.
Através de uma pesquisa mundial, a empresa Natura Cosméticos estava no topo da lista, sendo uma das mais sustentáveis, reforçando a ideia de que a beleza tem uma forte associação com o verde no Brasil. A empresa foi classificada como a número 2 em uma pesquisa global das 100 maiores corporações sustentáveis ( Corporate Knights , 2013). Especializada em cosméticos de base natural, com muitos ingredientes de maneira ética da Amazônia, muitas iniciativas de sustentabilidade foram empregadas à marca .
Outra empresa que que visa a sustentabilidade é o Grupo Boticário , segunda empresa líder de cosméticos no Brasil, que criou a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza , que protege mais de 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, dois dos biomas mais ameaçados do Brasil. A fundação doou mais de US $ 10 milhões em programas de reserva natural, permitindo a descoberta de 69 novas espécies de plantas e animais.
Embarcando no sucesso das empresas brasileiras, muitas marcas de cosméticos internacionais estão fazendo investimentos similares, porém provavelmente nem todas encontrarão o sucesso quando os consumidores examinarem suas credenciais éticas. Umas das marcas europeias líderes em cosméticos orgânicos, a Weleda, tem sido bem sucedida no Brasil por sua economia verde. As multinacionais, como L’Oreal e Unilever , têm mantido uma abordagem diferente; eles criaram centros de P & D no Brasil para ‘localizar’ as suas formulações com ingredientes indígenas.
O modelo de marketing destas marcas também tem sido fundamental para o sucesso na liderança. Nos últimos nove meses, algumas das principais marcas de cosméticos verdes entraram no mercado brasileiro. Percebendo a importância do consumo ético, as empresas estão lidando diretamente com os brasileiros para informá-los de suas credenciais verdes e “politicamente corretas”.
Os desafios de marketing e de distribuição associados ao mercado de cosméticos brasileiro será abordado na edição da “Cúpula de Cosméticos Sustentáveis na América Latina”. A 3 ª edição latino-americana acontecerá em São Paulo no mês de setembro. Natura, Grupo Boticário, Korres Natural Products, L’Oreal (The Body Shop), Johnson & Johnson são algumas das empresas de cosméticos que compartilham suas experiências no evento organizado pelo Organic Monitor, o objetivo da Cúpula é incentivar a sustentabilidade na indústria da beleza, reunindo principais partes interessadas e debater importantes questões de sustentabilidade em um único fórum.
Mais informações estão disponíveis no site: www.sustainablecosmeticssummit.com/Lamerica